Diversidade: o respeito às diferenças

Estamos vivendo a era dos extremos – e quando o assunto é diversidade, o debate fica restrito à questão de cotas, com posicionamentos contra e a favor. Diversidade, entretanto, é muito mais do que isso. É ter no mesmo ambiente, interagindo de modo saudável, pensamentos, vivências e olhares diferentes.

Percebo que cada vez mais as empresas empenham-se em demonstrar que acreditam na diversidade e fazem um grande esforço para comunicar isso. Seja nos relatórios institucionais ou na comunicação direta com o consumidor, fazem questão de demonstrar que contratam negros, mulheres, terceira idade, pessoas com deficiência e LGBTI+.

E, de fato, a diversidade faz crescer. Quando você coloca no mesmo ambiente pessoas diferentes, a troca de ideias e de informações amplia os pontos de vista de cada um e de todo o time. Isso é fundamental para o entendimento do ambiente de negócios como um todo.

Um exemplo prático: hoje o foco das empresas, mais do que nunca, é o cliente. Se eu tenho uma equipe diversa, a capacidade dela de se relacionar com clientes diversos, com um mundo diverso, será muito maior. A minha escuta e minha capacidade de resposta aumentam muito.

As startups já descobriram isso. São mais ágeis e sabem que o cliente não permanece o mesmo por anos. Ele, como tudo mais, também se modifica. Um time diverso é capaz de captar o mundo externo e trazê-lo para dentro da empresa.

Mas como uma empresa pode obter os melhores resultados de um time composto por representantes de etnias, classes socioeconômicas e faixas etárias diferentes?

Trata-se de desenvolver uma cultura que respeite e valorize a diferença. A empresa precisa escutar seus diferentes públicos e criar um ambiente interno no qual pessoas diversas possam coexistir de forma produtiva. Líderes de 20 ou de 80 anos, desde que tenham as habilidades para a função, devem compartilhar o mesmo espaço. Lideranças femininas e masculinas nem sempre possuem as características que costumamos atribuir a cada gênero, mas a convivência entre elas certamente gera uma visão de mundo mais ampla. E por aí vai…

Criar um ambiente diverso artificialmente, com certeza, não é o melhor caminho. No geral, as organizações estão mais conscientes do seu papel, ainda que às vezes isso decorra de uma imposição conjuntural, como resultados aquém do esperado, que tornam a mudança cultural inevitável. Mas quando a transformação começa a ser posta, resta à empresa adaptar-se a ela. Lembrando que é fundamental que a organização não perca de vista que para além do preenchimento de um requisito legal, é necessário estar atenta às habilidades das pessoas e à confluência dos valores delas aos da empresa.

A diversidade em uma organização vai muito além do cumprimento de cotas, que têm também o seu valor; deve mirar a comunhão de pensamentos diversos e o respeito à pluralidade.

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